Ronaldo
Ronaldo Desenvolvedor, pai, cidadão do mundo.

O Poder nas suas mãos

Sim, você pode mudar a sua realidade.

O Poder nas suas mãos

Não, este não é mais um texto de auto-ajuda ou coisa parecida. Trata-se de uma constatação que pode trazer benefícios reais ao seu dia-a-dia. E trata-se de uma constatação difícil de aceitar dada a forma como a nossa cultura foi constituída ao longo dos anos.

Criado para ser empregado

A primeira constatação difícil de engolir, mas verdadeira, é esta: você foi criado, e treinado, para ser um servo. Toda a sua vida foi orientada para trabalhar para outra pessoa: você estuda, faz uma faculdade, arruma um bom emprego, tem filhos, aposenta-se e depois espera pela morte. Seu avô viveu assim, seu pai viveu assim e agora é a sua vez de perpetuar o treinamento do empregado.

Este é um efeito da Revolução Industrial, lembra dela? Aquilo que aconteceu no fim do Século XIX ainda reflete-se no nosso modo de vida aqui, no Século XXI. O modo de vida que estabeleceu-se àquela época ainda é o mesmo modo de vida hoje em dia. Ou seja, somos todos treinados para sermos empregados. A nossa educação é orientada a isto. A nossa vida, dividida em ciclos de oito horas, é construída desta forma.

Porém, como vivemos numa zona de conforto, aceitamos viver como nossos avós viviam. Quebrar este paradigma significa sair da zona de conforto e preparar-se para suar a camisa. E, sinceramente, não há nada de ruim com isso.

Ser empregado não é uma coisa ruim.

Antes de continuar é importante deixar uma coisa clara: ser empregado não é uma coisa ruim. Mas é preciso que seja uma escolha consciente e não a repetição de um treinamento imposto por um modo de vida antiquado. É preciso evoluir e tornar isto uma escolha consciente. Ou seja, você escolheu ser empregado e sabe as consequências disso na sua vida.

Responsabilidade pelas escolhas

Você é livre para escolher o que quiser fazer da sua vida. Porém, há uma geração que não entende uma coisa simples: uma vez feita a escolha, você tem responsabilidade por ela. E é aqui que o livre arbítrio termina: a responsabilidade não é opcional. Você escolhe livremente, mas torna-se escravo da responsabilidade da escolha feita. Por este motivo que suas escolhas precisam ser muito bem pensadas pois você será responsável pelas consequências das suas escolhas, e mais ninguém. Afinal, você livremente escolheu o que tornou-se uma sequência de acontecimentos na sua vida.

Feita a escolha, você tem responsabilidade por ela

A dificuldade aqui é que nem sempre é possível antever todas as consequências de uma escolha. É fácil ligar os pontos olhando para trás, mas quase impossível ligar os pontos olhando para frente por uma questão simples: o futuro não depende só de você. Existem distúrbios que podem entrar na equação e mudar completamente a forma como você havia pensado que seria o futuro.

Mesmo que estes distúrbios sejam externos, a responsabilidade pela escolha continua sendo sua. E assumir a responsabilidade pelas suas escolhas é um caminho importante para mudar a sua realidade de forma positiva. Afinal, culpar o próximo pelas suas próprias escolhas não só é anti-produtivo como também retira de você energia e disposição para fazer do seu mundo um mundo melhor.

O mundo é o que você percebe e não a realidade

Aqui está um tópico bem complicado e díspar de compreender. O mundo que existe à sua volta é uma percepção sua e não a realidade. Ou seja, você percebe o mundo de forma completamente diferente do seu amigo, da sua namorada, do seu filho. Cada um percebe o mundo de maneira diferente. O motivo disto também é muito simples: o mundo nada mais é que um monte de impulso elétrico dentro do seu cérebro. Como o seu cérebro é único, ou seja, é moldado pelas experiências pelas quais você, e só você, passou, a sua percepção da realidade é muito diferente da minha.

Assim, ao tomar ações para mudar o mundo, o que você está fazendo na realidade é mudando o seu mundo e não o mundo das outras pessoas. E aqui está um ponto importante: o que importa é mudar o seu mundo para melhor. E este não é um pensamento egoísta. Na verdade, o mundo que você está mudando é o mundo conforme a sua própria percepção, ou seja, a sua própria visão do mundo.

Ao compreender que o mundo à sua volta é seu, você compreende o tamanho do poder que você tem nas mãos: você, e mais ninguém, é dono da sua própria realidade. E só você é capaz de mudar a própria realidade, mais ninguém.

Melhore seu mundo incluindo quem está de fora

Para mudar o seu mundo de forma positiva, mude-o incluindo quem está de fora, ou seja, quem está à sua volta. Isto inclui as pessoas na mudança e ajuda-as a participar das suas mudanças, criando mudanças para elas próprias. É um efeito da interligação: estamos todos interligados de alguma forma. Uma mudança na sua vida pode ser um distúrbio externo na vida de outra pessoa, e vice-versa. Note que quando falo distúrbio não estou falando de algo necessariamente negativo, mas algo sem controle, que pode acontecer nas nossas vidas.

O distúrbio nada mais é que um efeito da interligação, um evento arbitrário que pode acontecer a qualquer momento nas nossas vidas. E pode ser um distúrbio positivo ou negativo. A nossa capacidade de reação e adaptação é quem vai ditar se houve melhoras ou não nas nossas vidas. Mesmo quando o distúrbio é negativo, é possível encará-lo como uma oportunidade para melhorar algum aspecto das nossas vidas.

O que é que você pode fazer?

Para melhorar o mundo à sua volta é importante perguntar-se o que é que você pode fazer e não o que o próximo pode fazer. Afinal, você não tem nenhum domínio e nenhum poder sobre o próximo. O próximo pode até ser obrigado a realizar algo que você queira, mas isto não quer dizer que haverá mudanças positivas no seu mundo por conta disso.

A verdade é que a sua realidade depende única e exclusivamente de você: o que você vai fazer para torná-la melhor?