Ronaldo
Ronaldo Desenvolvedor, pai, cidadão do mundo.

Por que você deveria parar de reclamar

E por que você deveria começar a agir

Por que você deveria parar de reclamar

Reclamar é algo muito cômodo de se fazer. Sim, eu reclamo, como todo mundo. Afinal, é um ato absolutamente humano, intrínseco. Vai dizer que nunca reclamou do preço de alguma coisa ou de algum tipo de serviço que você julga que deveria ser diferente ou melhor? Antes que você vá adiante neste texto, é importante observar que não estou criticando quem reclama, mas oferecendo uma reflexão sobre o tema.

Faça algo a respeito

Se olharmos dentro da sociedade humana, cada um de nós é muito pequeno. Influenciamos apenas as pessoas com quem temos contato. Claro, pessoas públicas tem contato com muita gente e acabam criando uma rede de influência muito grande. Porém, o caso geral é que nós temos uma rede de influência que limita-se às pessoas que conhecemos: familiares, amigos, etc.

Reclamar denota que algo está errado. Porém, o que você pode fazer a respeito? Como uma ação pode mudar o que está errado?

Não é errado reclamar. Mas permanecer reclamando torna-o um chato de galochas. Fazer algo a respeito tira você da sua zona de conforto e o faz iniciar um processo de mudança que pode não ser visível no curto prazo, mas que pode tornar-se grande a longo prazo.

O fazer algo a respeito não significa dar uma solução definitiva ao problema, mesmo por que o problema pode ser grande demais para os recursos que você tem disponíveis. Porém, dá para você usar o método recursivo para resolver o problema grande. Como assim?

O Método Recursivo

A recursão é uma forma de resolução de problemas clássica na computação. Obviamente que a recursão não se aplica a toda e qualquer classe de problemas. Mas, o princípio pode ser generalizado e utilizado de maneira interessante.

A ideia da recursão é dividir um problema grande em vários problemas pequenos, realizando esta divisão de maneira recorrente até que não seja mais possível dividir o problema. Se resolvermos os problemas pequenos, um a um, a soma das resoluções é a solução do problema grande.

Como eu disse, nem todo problema é possível ser resolvido desta forma. Mas, é possível usar o princípio de forma a provocar uma mudança em pequena escala.

Exemplo: os buracos na rua

Toda cidade sofre com a manutenção das ruas. Não dá para o cidadão comum sair tapando todos os buracos que encontra, mas dá para encher de terra o buraco que fica na frente da sua casa, não dá?

Se você fizer isto, uma ação pequena, e mantiver-se realizando esta ação, o seu exemplo começa a influenciar as pessoas à sua volta. Uma hora elas começarão a ajudar até que outras pessoas serão influenciadas e temos um efeito em cascata.

Qual o meu ponto, afinal de contas?

Os problemas que nos assolam no dia-a-dia e que afetam a nossa sociedade como um todo são problemas insolúveis se pensarmos individualmente. Porém, se cada um de nós fizer algo a respeito, mesmo que este algo seja muito pequeno, começamos a criar uma onda de solução que culmina com o problema sendo resolvido.

Assim, atue dentro do seu limite. Incentive as pessoas a fazerem o mesmo. Não espere, no entanto, que as pessoas vão te seguir e siga insistindo. Quando perceberem os benefícios, naturalmente as pessoas começam a juntar-se e a ajudar. O resultado é uma comunidade trabalhando junta, de forma caótica até, para resolver os problemas que a aflige.

Dá trabalho? Pode ter certeza disso. Mas é algo prazeroso, que pode lhe render muitos frutos inesperados. Fazer o bem sempre gera o bem e todo mundo, no fim das contas, sai ganhando.