O gerador de realidade pessoal
Você realmente sabe dizer o que é real e o que não é?
Acompanhando as discussões acaloradas nas redes sociais sobre a situação política brasileira, percebi que algumas pessoas forçam a barra divulgando notícias antigas, trazendo-as para o contexto atual, o que adultera o entendimento das manchetes. E a partir disso construí este pensamento que compartilho com você, caro leitor.
Algumas pessoas andam tão desesperadas para ver sua realidade alterada que estão alterando-a a força. E isso me faz questionar: o que é a realidade? Sim, momento filosofia. Mas não uma vã filosofia, pois este pensamento tem implicações em como entendemos o mundo e as pessoas que o povoam.
A minha realidade foi construída com base na minha experiência de vida. Ou seja, a minha realidade é única em um universo de possibilidades. Somente eu vivi minhas vitórias, perdas, tragédias, alegrias. E reagi a cada evento de uma maneira própria. De certa forma isso moldou a forma como eu percebo a realidade.
Por que falo de mim? Bom, para construir este pensamento preciso de um ponto de apoio e uso minha própria experiência, que me é conhecida, para construir meu argumento. Bem, o que quero dizer é que a realidade é a forma como eu percebo o universo. De certa forma isso constrói um universo que é criado especificamente para um dado observador. Eu serei incapaz, por exemplo, de perceber algum tipo de detalhe que você talvez seja capaz de perceber por que sua experiência de certa forma aumentou sua sensibilidade a coisas que me passam despercebidas.
Assim, o universo de cada indivíduo é particular. De uma visão antropocêntrica, isso nos faz criadores do nosso próprio universo. O engraçado é que fazemos parte do universo e nossas alegrias e aflições influenciam o universo como um todo, não apenas o nosso universo pessoal, mas todo o multiverso que se apresenta à nossa frente.
As pessoas precisam acordar para o fato de que são donas, cada uma, de um universo pessoal. Com esta premissa em mente fica complicado você afirmar que a fantasia alheia é apenas uma fantasia, um fantasma. Será? E se esta fantasia for um estado de delírio permanente dentro do universo daquela pessoa? Isso significa que a fantasia daquela pessoa é totalmente real para ela capaz, inclusive, de lhe inflingir danos físicos se for o caso.
Isso me faz crer que o absoluto é inexistente. Não há absoluto. Se este existe, está oculto atrás da nossa pífia percepção do universo que nos limita a um mundo de 4 dimensões. No fim das contas a percepção do universo é o que conta para cada um de nós.