Ronaldo
Ronaldo Desenvolvedor, pai, cidadão do mundo.

Apaga o raio do código!

Apaga o raio do código!

Apaga o raio do código!

O cenário é bem conhecido de qualquer programador: você está dando manutenção em um código e parte do código deixou de ser útil. É a vida, meu caro. Requisitos mudam. Código fica antiquado e precisa ser apagado. Porém, ao invés de apagar o código, você faz o que não devia fazer: comenta o código.

Por que isso é uma péssima ideia? Você está, na verdade, deixando sujeira para trás, diminuindo a legibilidade do código. O fato é: o código ficou inútil, apague! Se precisar ver como era o código antes da sua manutenção, faça um diff! É para isso que servem os controladores de versão de código.

A regra de ouro é sempre escrever o mínimo de código possível. Isso inclui evitar excessos de comentários ou qualquer outra coisa que possa diminuir a legibilidade do que está escrito. Infelizmente, tomado por um medo irracional de não mexer aqui, muita gente comenta o código ao invés de simplesmente apagar.

Assim chegamos no ponto central que eu queria discutir: os controladores de versão. A verdade é que muita gente usa mal o controlador de versões ou não compreende completamente para que serve. A ideia do controlador de versões é justamente manter um histórico de desenvolvimento permitindo que você, desenvolvedor, não só saiba como estava o código como também permite voltar coisas que você ou outros fizeram, restabelecendo a ordem e estabilidade do seu código quando necessário.

Controladores como o GIT, por exemplo, incentivam o developer a realizar commits com muita frequência. O ideal é realizar um commit sempre que terminar um trecho útil de código. Se você escreve código demais antes de fazer um commit, fica mais difícil voltar atrás. Controladores como o GIT são muito ágeis por que fazem o commit localmente, o que é muito rápido. Assim, faça commits frequentes e dê a você mesmo a oportunidade de se permitir voltar alterações pequenas de forma automatizada, com segurança.

Voltando ao código comentado: há linguagens de programação que trabalham com diretivas de pré-processamento que permitem que você “comente” código sem usar a sintaxe de comentários. Por exemplo, você pode usar um ifdef para extirpar código da compilação. Isso é uma ideia ainda pior do que comentar código. Nem todo editor de textos está preparado para colorir código dentro de blocos ifdef e pode dar a impressão que o código está ativo, levando a erros grotescos de análise.

Assim, se precisar eliminar código, faça do jeito fácil: selecione o código que deseja extirpar e aperte DELETE. Simples, rápido, vai evitar confusões no futuro e vai economizar muito tempo seu. O importante hoje em dia não é escrever o código mais perfeito do mundo, mas ser rápido para dar manutenção no seu código. Se o seu código tem qualidade e é rápido de manter, você tem um diferencial de mercado.