Ronaldo
Ronaldo Desenvolvedor, pai, cidadão do mundo.

A geração mimimi

Como desistir à primeira dificuldade

A geração mimimi

Há alguns dias rolou na internet uma carta aberta para o CEO do Yelp, uma empresa norte-americana, na qual a empregada reclama das dificuldades que passa devido às suas próprias decisões. Essa pessoa transfere à empresa a culpa das suas dificuldades.

O que eu vi foi muito mimimi e rapidamente relacionei isso a comportamentos que já percebi em várias empresas por onde passei. Inclusive, eu mesmo fiz muito mimimi quando era mais novo, o que rendeu a inimizade de muita gente. E aqui faço uma auto-análise e uma reflexão sobre isso, fruto da experiência que ganhei ao longo dos anos.

A empresa onde você trabalha não é um exemplo de perfeição. Toda empresa tem problemas. Toda. Tem gente querendo te foder, gente querendo passar por cima de você, gente que vai te ajudar e que realmente reconhece seu trabalho, gente de todo tipo. Você vai trabalhar com o que não gosta, vai ter de aturar gente chata e vai ver gente bem menos qualificada que ganha muito mais que você.

Primeira lição: se tem um trabalho de merda para fazer, faça-o. Todo trabalho de merda é uma fonte infinita de aprendizado. Os “rabos de foguete” vão te ensinar muito mais do que qualquer outro tipo de projeto no qual você trabalhar. O fato é que você precisa tirar algum proveito, além do dinheiro, do seu trabalho. E aprender é a melhor coisa que você pode fazer pois isso tem um valor inestimável.

Segunda lição: reclame com o seu espelho e não com as pessoas. Reclamar com os seus colegas de trabalho faz de você um reclamão que só sabe falar mal da empresa. Isso aconteceu comigo em uma empresa onde trabalhei. Reclamava que a empresa não estava indo bem e que iria fechar em breve. Procurei outro emprego e quando saí da empresa virei “o cara que fala mal da empresa”. Porém, meses depois, a grande maioria das pessoas que me deram a alcunha também saíram da empresa, sendo que vários foram para a nova empresa onde eu estava. Eventualmente a empresa de onde saí realmente quebrou.

Reclamar não traz a você bem algum. Aumenta seu estresse, estressa as pessoas à sua volta e faz de você o bobo da corte.

Terceira lição: se não está satisfeito com o seu trabalho, procure outro. Trabalhar insatisfeito acaba com a sua produtividade e com a qualidade do seu trabalho. Baixa produtividade e insatisfação vão te levar a perder o emprego, quer você peça demissão ou não. Peça as contas e vá caçar outra coisa para fazer.

Quarta lição: não compare o que você ganha com o quanto o seu colega mané ganha. Ele soube negociar melhor o salário do que você. Cuida da sua vida e deixe o mané que ganha mais no quadrado dele. Por que você se importaria com o salário deles? Afinal, é o SEU salário o que paga suas contas.

Quinta lição: seja pró-ativo. Não fique esperando as coisas chegarem para você, de forma passiva. Vá atrás de trabalho. Ficou ocioso? Procure ocupar-se. Você está ali não é para ficar olhando o teto da empresa, mas para trabalhar. A sua pró-atividade retorna a você na forma de oportunidade. Surgirão oportunidades imensas na sua carreira profissional, fruto da sua pró-atividade.

Take the walk and stop the mimimi